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terça-feira, 12 de abril de 2011

Aula 04 - Módulo 04 - 02/04/2011

Nesta atividade extra classe pudemos apreciar corpos humanos em seu exterior e interior, literalmente.
Fiquei admirada com a complexidade do nosso corpo, os nossos órgãos e suas respectivas funções.
Considero importante a conscientização de adotarmos hábitos saudáveis, para que essa máquina incrível seja capaz de alcançar seu potencial máximo e prolongar o seu tempo de vida.
Confesso que conhecer mais sobre as patologias apresentadas na exposição e, principalmente, ver os órgãos “doentes” fez com que eu refletisse sobre meus hábitos.
A sensação durante a visita é difícil de descrever, particularmente, me senti um pouco desconfortável por saber que as peças expostas são cadáveres.
Entre os colegas pude notar que alguns se interessaram por alguma doença que possuem predisposição, outros já expressaram curiosidade sobre a técnica utilizada para preservação dos corpos.

Na minha opinião, na escola deve haver incentivo ao desenvolvimento saudável constantemente. Seja através de palestras, visitas, feiras de ciências, durante as aulas de laboratório, com exemplos práticos.

Pesquisando sobre o assunto, pude concluir que vários são os fatores que interferem no desenvolvimento físico humano: alimentação, atividades físicas, vícios, etc.
A estrutura familiar, a herança genética, e a condição socioeconômica são fatores importantes, que devem ser analisados,  pois na maioria das vezes, são os que determinam o nível de desempenho escolar.
Algumas doenças neurológicas que afetam o rendimento escolar:


ENXAQUECA (CEFALÉIA)

Enxaqueca é a síndrome periódica, constituída por dores na cabeça, geralmente sentidas apenas de um lado, acompanhadas ou não de náusea e vômito. A enxaqueca pode ou não ser acompanhada por aura (pontos brilhantes; sintoma da enxaqueca que fica em média 20 minutos). A dor da enxaqueca pode ser muito forte, chegando a impossibilitar o paciente de ter suas atividades rotineiras, obrigando-o a ficar isolado em local silencioso e com pouca luminosidade.
Vários pacientes relatam que antes da crise de enxaqueca sentem alteração no seu estado emocional, sentindo depressão ou ansiedade, outros pacientes relatam vontade de comer doces em período anterior a crise de enxaqueca. Cada enxaqueca tem a sua característica. Mas a dor intensa é a principal característica da enxaqueca.
Não existe um consenso global quanto a causa exata da enxaqueca. Sabe-se que a enxaqueca ocorre devido disfunção, episódica, na liberação de substancias químicas inibitórias da sensação de dor, como a beta-endorfina e a serotonina. Estas substâncias inibitórias existem para que não sintamos dores desnecessárias, como por exemplo o roçar da roupa no nosso corpo.
No indivíduo com enxaqueca há uma diminuição destas substâncias, então sentirá dor de cabeça intensa, mesmo com as funções normais (fisiológicas) do seu organismo. Por exemplo: a pulsação normal e natural nas artérias da cabeça, que é transmitida pelos nervos trigêmeos e occipitais para regiões cerebrais, será reconhecida como dor, durante as crises de enxaqueca, devido não ter ocorrido a devida inibição dessa sensação pelas substâncias inibitórias.
Porém o motivo exato destas alterações bioquímicas, causando a crise de enxaqueca, ainda não foi totalmente definido pela ciência.


EPILEPSIA / CONVULSÃO - ATAQUE EPILÉPTICO

Epilepsia é uma doença neurológica crônica, podendo ser progressiva em muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, freqüência e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes, afetando cerca de 1% da população mundial.
Uma crise convulsiva é uma descarga elétrica cerebral desorganizada que se propaga para todas as regiões do cérebro, levando a uma alteração de toda atividade cerebral. Pode se manifestar como uma alteração comportamental, na qual o indivíduo pode falar coisas sem sentido, por movimentos estereotipados de um membro, ou mesmo através de episódios nos quais o paciente parece ficar "fora do ar", no qual ele fica com o olhar parado, fixo e sem contato com o ambiente.
A descarga elétrica neuronal anômala que geram as convulsões podem ser resultante de neurônios com atividade funcional alterada (doentes), resultantes de massas tumorais, cicatrizes cerebrais resultantes de processos infecciosos (meningites, encefalites), isquêmicos  ou hemorrágicos (acidente vascular cerebral), ou até mesmo por doenças metabólicas (doenças do renais e hepáticas), anóxia cerebral (asfixia) e doenças genéticas.
Muitas vezes, a origem das convulsões pode não ser estabelecida, neste caso a epilepsia é definida como criptogênica.
O mecanismo desencadeador das crises pode ser multifatorial. Em muitas pessoas, as crises convulsivas podem ser desencadeadas por um estímulo visual, auditivo, ou mesmo por algum tipo específico de imagem. Nas crianças, podem surgir na vigência de febre alta, sendo esta de evolução benigna, muitas vezes não necessitando de tratamento.
Nem toda crise convulsiva é caracterizada como epilepsia. Para tal, é preciso que o indivíduo tenha apresentado, no mínimo, duas ou mais crises convulsivas no período de 12 meses, sem apresentar febre, ingestão de álcool , intoxicação por drogas ou abstinência, durante as mesmas.
A sintomatologia apresentada durante a crise vai variar conforme a área cerebral em que ocorreu a descarga anormal dos neurônios. Pode haver alterações motoras, nas quais os indivíduos apresentam movimentos de flexão e extensão dos mais variados grupos musculares, além de alterações sensoriais, como referidas acima, e ser acompanhada de perda de consciência e perda do controle esfincteriano.
As crises também podem ser precedidas por uma sintomatologia vaga, como sensação de mal estar gástrico, dormência no corpo, sonolência, sensação de escutar sons estranhos, ou odores desagradáveis e mesmo de distorções de imagem que estão sendo vistas.
A grande maioria dos pacientes, só percebem que foram acometidos por uma crise após recobrar consciência, além disso podem apresentar, durante este período, cefaléia, sensibilidade à luz, confusão mental, sonolência, ferimentos orais (língua e mucosa oral). 
O diagnóstico é realizado pelo médico neurologista através de uma história médica completa, coletada com o paciente e pessoas que tenham observado a crise. Além disso, pode ser necessário exames complementares como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem, como tomografia e/ou ressonância magnética de crânio. O EEG é um exame essencial, apesar de não ser imprescindível, pois o diagnóstico é clínico.
O tratamento da epilepsia é realizado através de medicações que possam controlar a atividade anormal dos neurônios, diminuindo as cargas cerebrais anormais. Existem medicamentos de baixo custo e com poucos riscos de toxicidade. Geralmente, quando o neurologista inicia com um medicamento, só após atingir a dose máxima do mesmo, é que se associa outro , caso não haja controle adequado da epilepsia.
Mesmo com o uso de múltiplas medicações, pode não haver controle satisfatório da doença. Neste caso, pode haver indicação de cirurgia da epilepsia. Ela consiste na retirada de parte de lesão ou das conexões cerebrais que levam à propagação das descargas anormais. O procedimento cirúrgico pode levar à cura, ao controle das crises ou à diminuição da freqüência e intensidade das mesmas.


DESMAIO

Desmaio é a manifestação de uma perda repentina e transitória de consciência associada ao relaxamento muscular como rápida recuperação, pode estar ligado a um simples susto (ansiedade, tensão emocional) como também várias outras causas: doença cérebro-vascular, convulsões, arritmias, doença cardíaca estrutural ou isquêmica, embolia pulmonar, hipoglicemia, intoxicação, infecciosas. O nome científico de desmaio é síncope e é ocasionado pela redução abrupta de irrigação cerebral.
Os sintomas são náuseas, tonturas, suor moderado ou abundante, palidez, visão acinzentada e perda de consciência. Quando a pessoa sofre desmaio deve-se adotar os seguintes procedimentos: arejar o ambiente, afrouxar as roupas da mesma,deixá-la deitada com as pernas elevadas e não permitir ajuntamento no local.


PERDA DE MEMÓRIA

O termo memória tem sua origem etmológica no latim e significa a faculdade de reter e/ou readquirir ideias, imagens, expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente reportando-se às lembranças, reminiscências.
A memória é uma faculdade cognitiva extremamente importante porque ela forma a base para a aprendizagem. Se não houvesse uma forma de armazenamento mental de representações do passado, não teríamos uma solução para tirar proveito da experiência. Assim, a memória envolve um complexo mecanismo que abrange o arquivo e a recuperação de experiências, portanto, está intimamente associada à aprendizagem, que é a habilidade de mudarmos o nosso comportamento através das experiências que foram armazenadas na memória; em outras palavras, a aprendizagem é a aquisição de novos conhecimentos e a memória é a retenção daqueles conhecimentos aprendidos.
Esta intrigante faculdade mental forma a base de nosso conhecimento, estando envolvida com nossa orientação no tempo e no espaço e nossas habilidades intelectuais e mecânicas. Assim, aprendizagem e memória são o suporte para todo o nosso conhecimento, habilidades e planejamento, fazendo-nos considerar o passado, nos situarmos no presente e prevermos o futuro.
ALTERAÇÕES NA FALA

O transtorno fonológico ocorre quando há dificuldade quanto à aquisição e uso dos sons da fala. A fonologia é um componente da linguagem que envolve repertório de fonemas possíveis dentro da língua em questão, no caso o português brasileiro, e suas variações dentro dos diferentes contextos fonéticos, segundo a padronização dos sons e o funcionamento deles na operação das regras fonológicas. Por ser um componente da linguagem, a fonologia está intimamente relacionada ao processamento da informação. Assim, a fonologia envolve a percepção, a produção e a organização dos fonemas da língua, integrando-os e associando-os, evidenciando inter-relações com a linguagem e a audição que são indissociáveis nesse processo.
A consciência da palavra concretiza-se no momento em que há o entendimento pela criança de que uma palavra é uma unidade lingüística distinta das outras unidades (tais como fonemas e frases), e que é um símbolo arbitrário, o qual não tem nenhuma relação direta com o objeto que representa.
As crianças com problemas fonológicos apresentam como manifestações, dificuldade com a memória de curto prazo para material verbal (como seqüências de números, palavras e até mesmo de palavras de sentenças orais); dificuldade em identificar palavras faladas em presença de ruído competitivo e dificuldade em recuperar a representação fonética de palavras. Estes problemas são atribuídos à deficiência básica no uso de representação fonética na memória de curto prazo, a qual afeta negativamente a leitura, assim como determinados aspectos da linguagem oral.


DEPRESSÃO

Embora não exista uma definição consensual acerca da depressão, pode-se afirmar que se trata de um distúrbio que sofre a influência de variáveis biológicas, psicológicas e sociais e que se manifesta por meio de sintomas emocionais, como desânimo, baixa auto estima e desinteresse em atividades prazerosas; de natureza cognitiva, como pessimismo e desesperança; motivacionais, como apatia e aborrecimento; e ainda sintomas físicos, tais como perda de apetite, dificuldades para dormir e perda de energia.
Algumas características do indivíduo e do seu ambiente parecem potencializar os riscos para depressão, como aumento da idade, gênero feminino, baixo nível socioeconômico, traços de personalidade específicos e presença de fatores ambientais desencadeantes, como perda ou afastamento de seus pais. A presença de história familiar de depressão, tem sido considerada um dos mais fortes e potentes fatores de risco para esta desordem. Entre os fatores individuais que parecem proteger os adolescentes da depressão estão: sucesso na vida escolar, envolvimento em atividades extracurriculares, competência social, auto-percepção positiva, competência intelectual, relações sociais positivas e suportes sociais adequados.
Quadros depressivos na infância têm sido descritos desde o início deste século. Entretanto, foi, somente a partir da década de 60, que as investigações começaram a ser sistematizadas.
Nos últimos anos, a depressão infantil tem sido objeto de estudos em vários países de forma abrangente e, a partir daí, foi confirmada a sua presença no campo de psicopatologia infantil. Apesar da literatura comprovar que a depressão infantil é distinta da depressão de adulto em muitos aspectos, a mesma não é diferenciada nos critérios atuais de classificação. Entre os sintomas que merecem destaque, citamos a baixa auto-estima, a tristeza, a frustração, os medos e o baixo rendimento escolar. Também podem estar associados sintomas somáticos como cefaléia, vômitos, enurese, dores abdominais e diarréia, além de condutas delinquentes.
ANSIEDADE

A ansiedade é um mecanismo psicológico que, em uma proporção adequada, funciona como sistema de alarma possibilitando a precaução ajustada a situações de potencial perigo. Um nível de ansiedade controlada é funcional e esperável.
No entanto, em um grande número de pessoas a ansiedade responde em forma exagerada. A função de alerta se desborda, causando sofrimento interno, podendo afetar a saúde física, a adaptação social, rendimento acadêmico ou laboral.
A ansiedade se manifesta através:
  • Dos pensamentos; com medos ou preocupações excessivas ou imposição de imagens angustiantes.
  • Do corpo; com sudoração, tensão muscular, dores abdominais ou cefaléias e outros sintomas psicossomáticos, fundamentalmente no aparelho digestivo ou na pele.
  • Dos comportamentos; inquietude, evasão das situações temidas, vergonha.
Pode afetar a conciliação do sono e interromper este com pesadelos ou sonhos de angústia (frequente em crianças que despertam assustadas sem recordar aquilo sonhado).
As pessoas hiper-preocupadas têm um dos transtornos de ansiedade de maior frequência, é a ansiedade generalizada (AG).
Essas pessoas sofrem por estar continuamente preocupados por coisas ruins que podem acontecer. Caracteriza-se por pensamentos denominados catastróficos: possíveis doenças de pais ou outros familiares, acidentes ou mortes. Também qualquer fato cotidiano pode ser fonte de preocupação, relações com amigos, rendimento escolar ou esportivo.
Essas pessoas não manifestam normalmente suas preocupações, já que uma parte sana deles pode admitir que são assuntos sem real importância (tonteiras). Não obstante, a preocupação não para. É comum em adolescentes que parecem não ter problemas, perfeccionistas, mas o sofrimento é interno e ao chegar a adultos, outros transtornos se agregam como a depressão.
Em crianças e adolescentes é difícil, para pais e professores detectarem o problema já que muitos deles são vistos aos olhos dos adultos como crianças ou adolescentes obedientes e estudiosos (às vezes perfeitos).
Normalmente chegam ao especialista devido a queixas somáticas, dores abdominais ou cefaléias sem causa orgânica, ou em um estado avançado do transtorno, que começa a interferir na vida social ou acadêmica, ou a causa da depressão sem tratamento.


FOBIAS

As fobias são medos excessivos a coisas ou situações que causam condutas de evasão. A pessoa evita coisas (ex: animais) ou situações (ex: falar ante um grupo). As fobias são medos patológicos.










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